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Luisa Scherer

Meus filhos estão viciados em celular. E agora?

Atualizado: 20 de nov.


O uso de celular e tecnologias em geral pelas crianças vem sendo atacada pela mídia, escola, médicos e parentes. A tecnologia pode ser uma aliada se utilizada de forma responsável e guiada pelos pais, mas é comum encontrarmos crianças que já estão dependentes das telas.

Mas e se meu filho já está dependente do celular, o que fazer?

Primeiro, precisamos entender o que acontece quando uma criança está utilizando o em celular fora de lugar e proporção. O uso das tecnologias vira um problema quando:

  1. Prefere utilizar todo o seu tempo livre em celulares, tablets ou televisão;

  2. Deixa de brincar com coisas que gostava para ficar no celular;

  3. Fica extremamente irritada quando a bateria do celular acaba ou quando um adulto impõe limite de tempo;

  4. Não está mais tão presente na rotina da casa: não presta atenção nas conversas, não interage com a família porque está conectada ao celular;

  5. Não faz as tarefas da escola de jeito nenhum, mesmo com os pais perguntando ou lembrando (essa vale uma atenção: a maioria das crianças não gostam de fazer tarefas da escola e tentam fugir ao máximo dessa responsabilidade. Este item vale muito mais como um comparativo em relação a como a criança lidava com as tarefas antes de querer ficar só utilizando eletrônicos);

  6. A criança ou adolescente demonstra comportamentos mais agressivos do que antes de quando utilizava telas em excesso;

  7. O sono é afetado. A hora de dormir fica cada vez mais tarde e a criança sente dificuldade em relaxar e dormir. Isso tem relação com a quantidade de estímulo que o cérebro recebe e com os conteúdos que a criança consome perto do horário de dormir;

  8. A criança recria cenas e atos violentos sem considerar o que está fazendo e com alguma frequência;

  9. Fica monotemática: conversa sempre sobre as mesmas coisas e não demonstra interesse em outros assuntos;

Se você identificou algum destes itens no comportamento de seus/suas filhos/as, pode ser que as tecnologias estejam sendo utilizadas em excesso na sua casa.

O que fazer quando as crianças usam demais o celular?

Antes de tomar qualquer providência, observe como você usa o seu tempo livre em casa e a frequência com que você utiliza o celular, tablet ou televisão. As crianças copiam o comportamento dos pais e, se os pais também usarem as tecnologias em excesso na frente dos filhos, fica mais difícil das crianças mudarem o comportamento em relação às telas. Se você trabalha com o uso de celular, vale explicar que ele é o seu meio de trabalho.

O tempo em que família passa junto é fundamental na vida das crianças, e deixar celular de lado nestes momentos é importante. Ajudar as crianças a superarem o uso excessivo do celular é também olhar para seus hábitos e rever como você utiliza.



O que fazer para melhorar a relação com o celular?

Feito isso, converse com seu/sua filho/a sobre o uso do celular, independente da idade da criança. Explique os motivos pelos quais não é saudável o excesso das tecnologias. Lembre-se de que alertar não é causar pânico ou vergonha.

Estipule um limite de tempo junto com seu/sua filho/a. Trazer a criança para este tipo de decisão torna o limite menos injusto na visão dela, além de também concordar com o tempo de uso.

Use o seu tempo livre e o de seu/sua filho/a juntos. Ao invés de ficar no celular, jogue jogos de tabuleiro, inventem um jogo de vocês, ensinem a cozinhar, façam o jantar juntos. Aproveite esse tempo para fortalecer o laço familiar.

Vale lembrar que participar das atividades com celular, tablet ou TV no tempo estipulado que a criança tem é saudável: o vínculo também é criado e, ao mesmo tempo que você se aproxima da criança e consegue ter uma ideia do que ela consome no celular, a criança entende que você se interessa pelo mundo dela.

Também pode funcionar:

Outras dicas que podem facilitar na hora de largar o celular é ter um cronômetro físico onde você e seu/sua filho/a podem colocar o tempo combinado juntos na hora que a criança for utilizar o celular, tablet, ou ver televisão. O cronômetro pode ser temático ou até customizado pela criança.

Ter uma “cestinha offline”, onde todos da casa, inclusive adultos, colocam seus celulares quando não estão usando também é uma boa ideia. Durante as refeições pode ser uma boa hora para que a cesta esteja cheia, por exemplo.

Uma sugestão é não tratar o celular como uma moeda de troca ou como um recurso de prêmio/castigo. Colocar os dispositivos desta maneira na vida das crianças pode fazer com que elas façam suas tarefas não porque precisam fazer, mas para ganhar mais tempo no celular.

Quando se trata de castigo, é injusto tirar um “direito” já combinado anteriormente por conta de mau comportamento, ainda mais quando o mau comportamento não tiver relação com o celular, televisão ou tablet. Premiar ou castigar utilizando os celulares pode causar uma grande insegurança e consequente ansiedade na criança, pois não há uma regra clara de quando ela vai ganhar ou perder o direito de uso.

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